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As seis paramitas

As seis Paramitas
Sobre as Seis Paramitas

Colher a essência da vida

Sou feliz por acordar hoje para praticar o Dharma Mahayana.
Farei com que minha vida seja significativa.
E que neste dia eu possa, especialmente, colher a essência da vida.
PAPONKA RINPOCHE
Sou feliz por acordar e saber quem sou.
Sou praticante de um bom coração, dedico a agir contra meus defeitos mentais para inspirar os outros a fazerem o mesmo.
Sei que o propósito da vida é tornar a mente mais flexível.
Sei que o amanhã não vem para socorrer-me. Tenho que fazer algo por mim agora. Tudo começa hoje.
Por isso, preciso agora me reconectar com o significado de estar viva, com isso pontuar a minha vida e fazê-la fluir.
Sei que vida sem significado não tem sabor.
Então, vou parar de viver fantasias, medos e de antecipar o futuro.
O que eu quero é soltar as preocupações com meu passado e futuro.
Quero saber do agora, e… Agora,…
Eu quero ser saudável quero repor toda minha energia despendida e focá-la em um plano concreto de realização.
Quero ser enérgica para remover todos os obstáculos pra que eu possa sempre ser feliz e viver os meus méritos inerentes.
Eu quero ser quem SOU melhor a cada dia para contribuir, inspirar outros seres deste mundo.
Estou viva!
Sou uma luz para mim mesma!

As seis Paramitas ou seis perfeições significa:
“Atravessar para outra margem”.
Cada uma das Paramitas é uma travessia.

Buda disse:
“Não fique esperando que a outra margem venha até vc.
Se quiser atravessar para chegar à margem da segurança, do bem-estar, da coragem e da ausência de raiva, terá que nadar ou remar.
Vc precisa fazer um esforço.
1ª Paramita – Generosidade.
Prática do desapego. São quatro formas de generosidade.
Partilhar; ensinamento que geram paz de forma adequada à mente das pessoas, sem esperar recompensa.
Oferecer; coisas materiais como nosso corpo e nossos recursos.
Oferecer; proteção, consolo e coragem.
Oferecer; amor [incondicional], apoio emocional, energia positiva, boas vibrações e nosso tempo.
“É a disponibilidade que temos de compartilhar a nossa abundância”.
“Se vc desejar que ele saia do sofrimento, já estará lhe oferecendo algo de positivo”.
2ª Paramita – Moralidade.
Prática que mantém a mente saudável. Chamada também de disciplina. São valores e virtudes que irão sustentar.
A moralidade é uma prática individual, por meio da qual adquirimos autocontrole: a automoralidade. Abstenção de ações não virtuosas e à motivação de sempre beneficiar os demais. Sair do nosso egocentrismo. Você se enquadra nas circunstâncias. Encarna a generosidade transcendental. Não discrimina entre este e aquele. Age de acordo com o que é. Assumi a responsabilidade Poe si mesmo através de suas ações. Só quando temos clareza de nosso plano interior é que colocamos, de fato, energia no mundo exterior para realizá-lo.
“A moralidade age como uma cerca, mantendo todos os animais selvagens e destrutivos de nossas emoções negativas longe de nosso jardim interno de Buda, onde estamos tentando cultivar nossa experiência do espaço interior e desenvolver a mente e a energia de cristal puro”.
3ª Paramita – Paciência.
Prática da quietude interna. Com o exercício dela dispomos de mais tempo e espaço para refletir sobre o significado da vida.
Existem três tipos de paciência:
1. Não se aborrecer com os prejuízos infligidos pelas outras pessoas. Por exemplo, se alguém o ataca você deve ser tolerante e paciente.
2. Aceitar voluntariamente o sofrimento para si: se alguém demonstra ter raiva de você, você não deve revidar, mas sim compreender que a outra pessoa não tem controle sobre suas emoções.
3. Ser capaz de suportar os sofrimentos próprios do desenvolvimento espiritual.
É preciso criar espaço entre você e o outro que ti incomoda.
Não se trata de distanciar-se de alguém como numa fuga, mas sim de recuperar a sua autonomia emocional.
4ª Paramita – Esforço entusiástico.
Significa cultivar a perseverança e assim não correr o risco de nos desconectar de nossos propósitos de vida. O esforço entusiástico surge quando estamos totalmente interessados naquilo que fazemos. Com motivação verdadeira, no nosso trabalho e nossa missão. Ele é a alegria de seguir em frente que resulta do desenvolvimento das três perfeições anteriores. Importante saber que o esforço entusiástico surge quando abandonamos o perfeccionismo e reconhecemos toda e qualquer oportunidade como uma nova chance para o crescimento interior.
5ª Paramita – Concentração e consciência.
Ao praticar estabilizamos a nossa mente. Por meio de nossa concentração, podemos nos manter fiéis aos nossos propósitos sem nos deixar distrair pelas mil e umas atividades extras pelas quais somos atraídos constantemente.
Quanto maior for nosso poder de concentração, maior será nossa capacidade de escolha. Escolher é ser livre para estar, sem esforço, onde queremos levar a nossa mente. Com a concentração, querer torna-se poder. Com concentração desenvolvemos nossa autoridade interna.
“O Bodhisattiva nunca procura um estado de transe, de bem-aventurança ou de absorção. Está simplesmente desperto para as situações da vida como elas são, particularmente cônscio da continuidade da meditação com generosidade, moralidade, paciência e energia. É contínua a sensação de ‘desperto’”.
Meditar em tibetano significa literalmente “tornar familiar”. Por meio da meditação nos familiarizamos com os estados mentais positivos. Aprendemos a reconhecê-los em nosso interior.
6ª Paramita – Sabedoria.
Com sabedoria eliminamos qualquer emoção conflituosa. Despertamos nossa sabedoria intuitiva, ampliamos nosso espaço interno, aprofundamos o nosso poder da verdade que adquirimos com nossas experiências. Significa conhecimento com vivência. Não existem erros, mas sim experiências.
Perguntas refletem a nossa ignorância; respostas, a nossa sabedoria. Quando em nossa mente não houver mais perguntas, apenas resposta, então você terá atingido a iluminação. Isto é quando conquistarmos a sabedoria que é capaz de conhecer a origem de todos os fenômenos. Para adquirirmos a sabedoria, no entanto, necessitamos cultivar uma mente aberta e inquisitiva. Para tanto precisamos ter coragem de abrir mão da segurança dos nossos conhecimentos adquiridos e estabelecidos. Precisamos abrir mão de quaisquer conclusões a que possamos chegar, pois, como Buda ensinou apegar-se a qualquer coisa que seja bloqueia a sabedoria.

Ter consciência de onde estamos nos dá a oportunidade de transformar o que for preciso.
Saber para onde vamos é que revela o sentido da nossa vida.

Texto adaptado:
O livro das emoções de Bel César – Editora Gaia – pgs: 106 a 117.

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