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A ENERGIA FEMININA E A TRANSFORMAÇÃO TÂNTRICA
Reconhecendo e usando a energia feminina
Atribuímos espontaneamente a nosso planeta a energia femina, e por isso nós o chamamos de Mãe Terra. De certa forma nos consideramos seus filhos, pois o planeta nos dá vida e alimento. Parece haver em nossa sociedade tanto homens quanto mulheres que se interessam por cuidar do meio-ambiente, mas em minha opinião, a energia feminina é mais adequada, e portanto mais poderosa do que a energia masculina para curar de fato o meio-ambiente. Se analisarmos atentamente o nível energético e examinarmos as qualidades das energias masculina e feminina, veremos que as mulheres são naturalmente mais sensíveis e têm um senso maior de responsabilidade em relação ao meio-ambiente e ao cuidado com a vida. As mulheres sempre cuidaram mais de nosso meio-ambiente, tanto no nível do samsara quanto do nirvana. Para confirmar isto basta examinar a História. A maior parte das guerras e armas que causaram destruições em massa foram criadas por homens. Há muitas eras, cultivamos coletivamente a idéia errada de que devemos usar a força para cuidar de nossa sociedade, família e meio-ambiente caso necessário. Por causa disso, criamos gerações e gerações de armas cada vez mais destrutivas, e há 50 anos entramos na era nuclear. A maior parte das tecnologias que estão danificando o meio-ambiente foi criada por homens. Até agora, a energia masculina tem sido usada para guerrear com o meio-ambiente. Chegou a hora de usar a energia feminina para fazer as pazes com o meio-ambiente. As mulheres têm muitas qualidades especiais diferentes das qualidades dos homens. A energia feminina trabalha através de sentimentos e sensações. Por isso, as mulheres têm uma sensibilidade especial em relação à vida e à natureza. Elas também possuem uma qualidade de sabedoria intuitiva muito particular. As mulheres são os alicerces de muitas tradições, pois são responsáveis pela estabilidade do dia-a-dia familiar e por passar às próximas gerações muitos costumes e aspectos da cultura. Em sociedades que sofrem uma transição, como a comunidade tibetana no exílio, podemos ver que as mulheres continuam a seguir suas tradições e costumes por mais tempo que os homens. Uma mulher tibetana continuar a usar suas roupas tradicionais muito tempo depois que os homens em sua família já tiverem abandonado as suas. Nos dias de hoje, as mulheres certamente estão mais sintonizadas e são mais sensíveis à anergia espiritual e à sabedoria tradicional do que os homens. Nas igrejas do ocidente, a maior parte dos freqüentadores são mulheres, e já notei que quando dou uma palestra em um centro budista, a maior parte do público é de mulheres. Todos nós iniciamos a vida e nos desenvolvemos durante nove meses no útero de nossa mãe. Nos dias de hoje, o aborto é aceito pela maior parte das pessoas, portanto, foi uma decisão de nossa mãe optar por nos manterem vivos e cuidar de nós. Ela seguiu pacientemente uma dieta adequada, tomou remédios e fez exercícios físicos para garantir nossa saúde e bem-estar, preocupando-se mais conosco do que com ela mesma. Logo após nossa vinda ao mundo, éramos seres completamente vulneráveis, só sabíamos chorar, dormir e tomar leite. Mas nossa mãe cuidou de nós com todo amor desde esse momento até hoje. Ela nos alimentou nos preparou comidas especiais para bebês, limpou nosso corpo e nosso quarto, cuidou de nossa educação, nos comprou roupas, brinquedos etc. Se tivéssemos nascido em uma sociedade como a do antigo Tibet, nossa mãe também nos providenciaria mapas astrais e divinatórios, além de muitas cerimônias auspiciosas e curativas. Mesmo quando não moramos mais com nossa mãe, ela continua se preocupando com nossa alimentação, saúde, trabalho e amigos. Mesmo quando nos revoltamos contra ela ou agimos de uma forma muito autodestrutiva, ela continua tentando encontrar a melhor solução para nós e para nossa vida. No nível absoluto, esta energia feminina é a qualidade do espaço, a sabedoria da vacuidade e da interdependência dos fenômenos. Todos os fenômenos de nosso mundo externo e interno surgem do espaço da vacuidade. Tivemos uma intuição desta verdade quando chamamos nosso planeta de Mãe Terra. Todos nós nascemos do espaço no ventre de nossa mãe. A qualidade do espaço permite às mulheres dar vida e alimentar seus filhos. A conexão entre essas energias e funções dá à mulher uma tendência natural para cuidar do meio-ambiente. O útero é um lugarzinho muito pequeno quando entramos nele, mais ou menos do tamanho de um dedo. Mas este espaço tão pequeno é capaz de conter toda a essência de nossa energia humana. Nossa consciência deixa o bardo (o estado intermediário de uma vida à outra) e entra na mistura criada pela união do óvulo de nossa mãe e do espermatozóide de nosso pai. O espermatozóide e o óvulo são a essências das energias masculina e feminina. A concepção é o momento verdadeiro de nosso nascimento como seres humanos, mas temos que esperar nove meses para que nosso corpo se desenvolva o suficiente para podermos sair do útero e viver sozinhos no meio-ambiente exterior. No momento da concepção todas as nossas consciências passam a ser sustentadas pela união das Bodichita vermelha e branca. O espaço contido nesta união das Bodichita branca e vermelha (a gota indestrutível) e a consciência fundamental é maior que todo o espaço do universo. Neste espaço estão guardados todos os nossos registros cármicos – os registros de todas as ações, palavras e pensamentos bons e ruins que tivemos durante nossas vidas. Da mesma forma que um pequeno espelho pode refletir uma cidade inteira, nosso “espelho cósmico” pode refletir todos os reinos do samsara e do nirvana. Este espelho cósmico, nosso disquete do espaço interno, é como um CD-ROM cármico permanentemente instalado no fluxo de nossa consciência que passa de uma vida a outra. Em suas condições atuais, ele reflete os seis reinos internos de sofrimento, e por isso vivenciamos sofrimento momento após momento, vida após vida. Se limparmos ou purificarmos este espelho através da Autocura Tântrica, ele refletirá o mundo absoluto, e nós nos tornaremos oniscientes e viveremos em um meio-ambiente puro. Quando recebemos uma iniciação do tantra mais elevado, devemos renascer como um filho daquele Buda específico. Durante a iniciação, simulamos o processo do renascimento de uma forma pura, transformando a energia. As divindades feminina e masculina estão em união sexual. Somos atraídos para dentro da boca de nosso pai, descemos através de seu canal central e somos lançados de seu dordje, o canal secreto do homem, para o lótus, o útero da consorte, sob a forma de uma sílaba-semente sobre um disco de sol ou de lua. Este processo representa a entrada da consciência que estava no bardo nas Bodichita branca e vermelha de seus pais. Nascemos então dentro do lótus da consorte e crescemos no espaço de seu ventre. A energia feminina cuida mais de nós do que a energia masculina, enquanto somos pequenos. O desenvolvimento e nascimento de um bebê e a geração tântrica de uma divindade são semelhantes. A diferença é que um nascimento normal nos dá um corpo e uma mente poluída que nos levam as experiências sofridas, problemas, dores e doenças, enquanto o nascimento com um corpo e uma mente puros de uma divindade nos traz paz, felicidade e bem-aventurança. Em um caso, o que ocorre é a transformação de uma energia impura, e no outro, a transformação de uma energia pura. Não precisamos sair deste mundo para realizar isso. Sua Santidade Sakya Trizin e Dagmo Kushog, sua consorte pura, oferecem um bom exemplo dos resultados de se desenvolver uma energia pura de corpo e mente no nível interno e no meio-ambiente externo. Seu meio-ambiente interno é muito puro e por isso sua essência, o sêmem e o sangue, são capazes de produzir filhos muito bons, muitos dos quais são agora detentores da linhagem da tradição Sakya do budismo tibetano. No tantra precisamos usar as duas energias, feminina e masculina, no caminho para a libertação. Para realizar isso, precisamos respeitar o sexo oposto e enxergá-lo como uma ajuda para chegarmos à iluminação. Quando olhamos para uma tankha de Kinkara, os protetores dos cemitérios de Heruka vêem as energias feminina e masculina representadas de uma forma muito simbólica. A dança eterna dos dois esqueletos simboliza a dança das energias dualista masculina e feminina, yang e yin, que existem em nosso meio-ambiente samsárico. O esqueleto feminino segura um vaso cheio de néctar da vida, e o masculino segura uma arma, que simboliza o aspecto destrutivo da natureza do homem. Precisamos que as duas energias, masculina e feminina, sejam saudáveis, e também temos que criar harmonia entre os mundos interno e externo. Nos últimos anos, o equilíbrio entre as energias masculina e feminina foi perdido, pois a energia masculina foi demasiadamente enfatizada. Isso nos trouxe muitos benefícios do ponto de vista do progresso tecnológico, mas agora, vendo a agressão associada a esta energia, a competitividade e o desejo de conquistar outras culturas, estamos começando a perceber que este excesso nos custa muito caro. Temos tido muitas guerras e mortes, e agora os elementos e o meio-ambiente como um todo estão poluídos, doentes, fracos e quase morrendo (NGAL). Para superar esta crise, precisamos aprender e reconhecer coletivamente que a energia feminina é muito preciosa e sagrada, e que vale a pena dar atenção à sabedoria intuitiva das mulheres. Tanto os homens quanto as mulheres suprimiram sua energia feminina. Por isso, agora é necessário que voltem a ter contato com o lado positivo desta energia (SO). Uma dakini é um ser de sabedoria feminino que pode manifestar-se em nosso mundo como uma mulher comum, usando jeans e baton e dirigindo seu carro, mas que tem qualidades especiais de sabedoria e energia. Precisamos aprender a reconhecer as dakinis, pois elas não se manifestam como estão tradicionalmente representadas nas tankhas. No nível do nirvana (o nível energético), os seres iluminados femininos são as budinis e as dakinis. Estas heroínas, mensageiras da iluminação em nosso mundo, trabalham mais para o meio-ambiente do que os budas e dakas. No nível absoluto, a energia feminina é a Bodichita absoluta, shunyata, o que significa que a essência da energia feminina é sabedoria, paz e espaço. Sentimos de um modo muito profundo que todas as formas são existentes por si mesmas e, por isso, somos incapazes de sentir o espaço. Vemos muitas coisas ao nosso redor e nos sentimos sufocados, desejando viver sozinhos ou em algum lugar silencioso. Isto significa que realmente sentimos necessidade de usar a energia do espaço relativo para criar paz. Depois de ter passado algum tempo sozinhos, recuperamos nossa paz e sentimos então que podemos voltar à nossa atribulada vida normal. Usar o espaço relativo é bom e nos ajuda a reconhecer e aceitar o espaço absoluto, ou shunyata. Quando as pessoas ouvem a palavra “shunyata”, geralmente fecham a mente para seu significado, acreditando tratar-se apenas de um conceito filosófico chato. Mas na verdade, “shunyata” é muito importante, tanto no sentido absoluto quanto relativo. O espaço absoluto é nossa melhor chance para superar nossos problemas profundos. Precisamos reconhecer que todas as vezes que percebemos a vacuidade, estamos tocando nossa consorte do espaço, nossa dakini. Precisamos entender que quando dormimos com a energia feminina do espaço, dormimos de uma forma muito relaxada. Não pensem que porque estou usando uma analogia sexual, apenas os homens precisam de espaço. Tanto os homens quanto as mulheres precisam entrar em contato com a energia interna e externa da dakini do espaço. Precisamos brincar todos os dias com a energia feminina. Podemos dizer que a paz é a sabedoria feminina, e que com o método da paz podemos superar todas as nossas dúvidas, uma a uma, e nos libertar do sofrimento. Atualmente temos duas formas de ignorância. Uma é o obscurecimento ao conhecimento, um bloqueio de nível grosseiro em nossa energia do espaço. A outra é o obscurecimento à onisciência, um bloqueio de nível sutil em nossa energia do espaço, causado pelas marcas ou perturbações energéticas derivadas de nossas ilusões no continuum de fluxo energético e em nossas mentes grosseiras, sutis e muito sutil. Para perceber a vacuidade precisamos do método (energia masculina de bem-aventurança) e da sabedoria (energia feminina), pois o acúmulo de mérito nos dá energia mas é incapaz de remover nossos obscurecimentos sutis. Para remover estes obscurecimentos sutis, precisamos acumular a sabedoria femina do espaço-paz. O resultado deste acúmulo é o “rupakaya”, o corpo da forma iluminado, e o “dharmakaya”, a mente iluminada, que é a realização da paz completa. Para melhorar nossa saúde, cuidar do meio-ambiente e chegar à iluminação é essencial desenvolvermos a energia feminina tanto no nível relativo quanto absoluto.
Trecho do livro ‘Fazendo as Pazes com o Meio-Ambiente’, de T.Y.S. Lama Gangchen Rinpoche.

IMAGENS MENTAIS
Todos nós estamos mais ligados às imagens do que à realidade, mas as pessoas não compreendem o poder que as imagens mentais têm. Por exemplo, quando alguém nos diz coisas rudes, depois de uma semana ainda repetimos suas palavras e pensamos nesta pessoa. Usamos estas palavras como um mantra, repetindo-as muitas vezes em nossa mente. Ou, se quando jovens, tivemos a chance de conhecer algum ator ou atriz muito famosa, até hoje guardamos sua imagem. Não podemos tocar ou beijar esta pessoa, mas ainda nos lembramos dela todos os dias. Isso é mais poderoso que nossa meditação! O tantra usa e transforma este hábito nos oferecendo imagens de cura para nos apegarmos em vez de imagens de atores e atrizes. Todos nós sentimos atração pela beleza da natureza e temos facilidade para lembrar as paisagens bonitas que vimos. Através do tantra podemos transformar esta imagem mental, guardando-a como a imagem de um belo mandala cheio de árvores, flores e animais. Seguimos estas imagens internas e visualizações durante toda nossa vida. Exatamente neste momento temos guardadas imagens internas de nossa casa, jardim, namorada (o) etc. O tantra nos dá a oportunidade de guardar apenas as imagens melhores, imagens de um namorado (a) de cristal puro, uma casa de cristal puro e um meio-ambiente de cristal puro. Tais imagens não são mais fantasiosas do que as imagens segundo as quais somos pessoas ruins ou feias. Ouvi dizer que mulheres anoréxicas estão de fato convencidas de que são gordas, pois quando olham no espelho vêem a imagem de uma mulher feia e gorda. Os cientistas fazem pesquisas procurando analisar o tipo de percepção que elas têm. A imagem de si mesma como gorda está fixa na mente. Por isso os psiquiatras curam os anoréxicos tentando substituir esta imagem negativa por uma positiva. Outras imagens negativas, como por exemplo, acreditar que haverá um terremoto ou que seremos despejados de nossa casa, também cria muito medo e sofrimento em nossa mente. Por isso, precisamos trocar nossas imagens internas, nossa companhia interna. De uma ou outra forma, todos nós receamos não ser suficientemente bons. Achamos que somos feios, inadequados, fracassados etc. Substituindo estas imagens negativas de nós mesmos por imagens que nos mostram como seres de cristal puro ligados à energia universal e morando em um mandala, podemos curar nós mesmos e o meio-ambiente em muitos níveis. Em vez de pensar que é estranho nos visualizarmos com um corpo de luz vermelho ou azul, devemos entender que se trata de um método profundo de Autocura e cura do meio-ambiente. Se você compreender a interdependência dos fenômenos e como a mente cria as imagens nas quais acreditamos, poderá entender também como unificar o mandala e o meio-ambiente de cristal puro com nossa vida cotidiana. Uma imagem visualizada é vazia, e assim, compreendendo a natureza dos fenômenos internos e externos, percebemos que o nirvana é mais interessante que o samsara. É possível estar em um mundo de cristal puro e ao mesmo tempo funcionar segundo as regras deste nosso mundo comum, pois o tantra traz a sensação positiva para a imagem de nosso corpo e meio-ambiente tal como são. É muito melhor pensarmos que somos bonitos como a Tara em vez de nos sentirmos velhos e feios. O tantra nos devolve a alegria e a espontaneidade de nossa mente natural. Ele também nos dá sentimentos positivos em relação ao nosso trabalho, nesta época em que a maior parte das pessoas perdeu o prazer e o amor pela profissão e trabalham como máquinas, sem sentir nada e com interesse apenas no dinheiro. Com o tantra podemos nos sentir como bodhisattvas e divindades de cura, transformando todas as tarefas normais do dia-a-dia em serviços de cura para o benefício dos outros e do meio-ambiente, aumentando assim nossa energia e entusiasmo pelo trabalho. Por exemplo, se somos operários em uma fábrica, podemos pensar que estamos indo trabalhar com a finalidade de nos sustentar para podermos nos desenvolver e ser de benefício para todos os outros seres e o meio-ambiente. Desta forma, passamos a enxergar nosso trabalho como algo útil e positivo. Viver em uma terra pura é uma experiência possível para todos, se transformarmos as imagens em nosso computador mental e em nossos cinco chacras.
Trecho do livro “Fazendo as Pazes com o Meio-Ambiente” de T.Y.S. Lama Gangchen Rinpoche.

MELHORES MOMENTOS DO BATE-PAPO COM LAMA GANGCHEN
Veja os melhores momentos do bate-papo com Lama Gangchen, mestre tibetano, realizado no IG, a convite da Árvore da Vida. O mestre esteve no Brasil, onde participou de uma viagem de conscientização ecológica e espiritual à Amazônia, e veio a São Paulo para diversas atividades, entre elas o lançamento de seu livro Autocura 1. Se você não participou, aproveite agora importantes ensinamentos deste mestre. Ás 16h32min, depois do Boa tarde da moderadora, Lama Gangchen fez sua saudação geral:
“É muito bom encontrar todos vocês através da internet!”.
16h40min: 22 – Sol fala para todos: “Lama, o que o levou a fazer um trabalho na Amazônia. Por que o Brasil?”
16h42min: 22 – Lama Gangchen fala para todos: “Porque nós temos uma associação de artes curativas no Himalaia, na Amazônia e nos Andes”. Nós estamos trabalhando em um projeto de levar a paz para a Amazônia, com um grupo de pessoas de todos os países!
16h43min: 03 – Zen fala para Lama Gangchen: “Não sou muito religioso, mas acredito numa força superior, e simpatizo muito com o budismo”. Gostaria de, em algum tempo, me converter. Como faço?
16h44min: 04 – Lama Gangchen fala para Zen: “Minha opinião: antes de se tornar budista, você precisa se tornar uma boa pessoa, alcançar sua paz interna. E desta maneira, aos poucos, você entrará no budismo. Você, então, trabalhará pela paz, porque a paz interna é a base mais sólida para a paz mundial”.
16h44min: 04 – Dani fala para Lama Gangchen: “O que é exatamente o budismo, vocês acreditam em algum deus? Acreditam em vida após a morte?”
16h45min: 16 – Lama Gangchen fala para todos: “Dani, nós acreditamos não exatamente em Deus, mas no karma, que quer dizer Tendrel, que significa a interdependência, causas e condições positivas e negativas de todos os fenômenos”.
16h44min: 04 – Gringa fala para Lama Gangchen: “Olá, tenho algo que me incomoda bastante e gostaria de saber qual o seu pensamento sobre isto: há gente que afirma conseguir amar duas pessoas ao mesmo tempo e se relacionar com elas (beijos, abraços, sexo), com grande intensidade”. Eu particularmente não acredito nisso e tampouco sinto isso. Mas como explicar a estas pessoas este processo, que em minha opinião é equivocado, se elas sentem, portanto acreditam? Existe mesmo?
16h53min: 21 – Lama Gangchen fala para Gringa: “A gente não pode julgar a natureza da personalidade das pessoas, algumas gostam de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo, outras não. Quem sabe elas começam amando assim, e depois entram em um caminho correto, normal?…”
16h44min: 07 – Dakini fala para todos: “Olá Lama Gangchen, nos conte das similaridades que você encontra nestes três pontos especiais do planeta: Andes, Amazônia e Himalaia”.
16h49min: 37 – Lama Gangchen fala para Dakini: “Todos esses povos são indígenas. Os Andes e a Amazônia precisam de paz e o Himalaia precisa de muita água. Então estamos unindo as necessidades de cada um desses lugares. O Himalaia é o telhado deste mundo, se o telhado está seco, o resto da casa pode secar também”!
16h49min: 34 – Dani fala para Lama Gangchen: “Vcs acreditam que devemos nos conformar com as situações, já que elas são nossos carmas”?
16h53min: 25 – Lama Gangchen fala para Dani: “Nós temos que aceitar, mas também ver a nossa vida com clareza. Isto é, podemos transformar. Aceitação é o primeiro passo para transformar”.
16h49min: 37 – Tilico fala para Lama Gangchen: “Olá, Lama, boa tarde! Diante dessas possibilidades, qual o verdadeiro caminho para a paz e a felicidade com os seres humanos”?
16h54min: 45 – Lama Gangchen fala para Tilico: ” O caminho correto é criar um dia de paz. Uma noite de paz. Um sono de paz e um acordar de paz. Assim conseguiremos criar semanas de paz, anos de paz e uma vida de paz. Nós temos que trabalhar por isso”.
16h49min: 44 – Zen fala para Lama Gangchen: “Você acredita na possibilidade de alguém ter um karma apenas positivo e se livrar de todas as coisas negativas que estão a sua volta? Ou o negativo faz parte de todos nós, complementando a parte positiva”?
16h56min: 09 – Lama Gangchen fala para todos: “Zen, não é possível ter apenas a positividade, mas é possível transformar a negatividade em positividade, até chegarmos um dia à total purificação”.
16h49min: 44 – Sol fala para todos: “Lama, eu já ouvi dizer que Buda dizia que o caminho da iluminação é só para os homens, e verdade”?
16h58min: 39 – Lama Gangchen fala para todos: “Sol, não, isso não é verdade. Nós temos na iluminação Sidarta como homem e temos também Tara, uma princesa que atingiu a iluminação em um corpo de mulher. Estes são apenas exemplos, existem milhares de homens e mulheres que atingiram a iluminação”.
16h53min: 17 – Bruno fala para Lama Gangchen: “Boa tarde, muito prazer em estar próximo de você. Gostaria de saber qual é o poder da iniciação”.
17h00min: 15 – Lama Gangchen fala para Bruno: “Iniciação quer dizer transferência de poder. O Lama transfere através de suas bênçãos a energia que necessitamos para realizar o caminho espiritual até a iluminação. Não é suficiente compreender, é necessário também desenvolver a energia espiritual”.
16h53min: 17 – Rao fala para todos: “Lama, eu o vi no IG e fiquei com vergonha de falar com vc. Por que será?”.
17h01min: 12 – Lama Gangchen fala para Rao: ” Você não precisa ter vergonha, pois nós dois somos seres humanos. Então por que ter vergonha? Fale comigo”.
16h58min: 39 – Hugo fala para todos: “Rinpoche, como é que se transforma uma negatividade, por exemplo, a raiva, em positividade”?
17h06min: 15 – Lama Gangchen fala para todos: “Hugo, a primeira coisa é reconhecer que raiva é raiva. Reconhecer que a raiva destrói tudo, você mesmo e a sua família. E você pode, então, transformar o calor da raiva no canal do amor”.
17h00min: 15 – Angelis fala para Lama Gangchen: “Como o budismo explica certos distúrbios da mente, como a síndrome do pânico, depressão etc.”?
17h11min: 27 – Lama Gangchen fala para Angelis: “Pânico é um tipo de ignorância que traz um sentimento de não ter o que fazer então nós temos um problema da ignorância. É como num acidente de carro, quando não podemos perder a nossa consciência para, então, sermos salvos”.
17h02min: 16 – Bruno fala para Lama Gangchen: “É possível ter uma relação discípulo-guru verdadeira, encontrando-se com seu guru uma só vez, sem contato direto, ouvindo ensinamentos com outras pessoas, como eu e você? Quando o encontrei na primeira vez senti uma grande onda de amor, meu coração ficou quentinho.”.
17h16min: 22 – Lama Gangchen fala para Bruno: “Conhecer mentalmente é mais importante do que o conhecimento físico. Uma vez que as duas mentes se conectaram, a relação está estabelecida”.
17h19min: 02 – Canudo e Caneco falam para Lama Gangchen: “Sua religião prega a paz. Mas a violência e a raiva não são partes do ser humano? Onde está o equilíbrio”?
17h20min: 21 – Lama Gangchen fala para todos: “A natureza da raiva e da violência foi criada”. Não faz parte da natureza essencial do homem. No início da formação da mente não havia raiva, a nossa primeira mente é de paz, depois é que foi contaminada pela raiva e depois pela violência.
17h02min: 16 – Gringa fala para Lama Gangchen: “Lama, qual a melhor maneira de se comportar, no caso de um relacionamento amoroso com um homem, com uma pessoa que esteja sempre acreditando que possa ‘acontecer’ outra mulher em sua vida? Se acontecer, como é possível, o certo seria respeitar e conviver com esta realidade, ou abandonar a pessoa até que ela se decida”?
17h15min: 11 – Lama Gangchen fala para Gringa: “Nós temos de ter uma relação aberta e direta com a pessoa. Temos que conversar muito de maneira amigável com palavras verdadeiras. E é daí que uma nova luz surge”!
17h15min: 48 – Marilis fala para Lama Gangchen: “O que é felicidade para o budismo”?
17h25min: 52 – Lama Gangchen fala para Marilis: “É uma vida melhor, é uma vida mais clara, com menos medo. Isso é felicidade”.
17: 16: 01 – Dakini fala para Lama: “Como você vê as diferentes linhagens do budismo”?
17h19min: 08 – Lama Gangchen fala Dakini: “O budismo é como uma montanha de kailash de 4 lados”. Do topo, a água desce para cada lado até formar o lago em toda a sua volta. Se a água escorresse apenas por um lado, as demais áreas não seriam irrigadas, o mesmo acontece com as linhagens. Na base todas se unem.
17h22min: 38 – Jah fala para Lama: “Como posso educar meus filhos nos ensinamentos do budismo”?
17h24min: 54 – Lama Gangchen fala para Jah: “Você precisa dar bons exemplos de educação e de amor. Não dê atenção à competição e ao ciúme, mas sim à ação positiva”.
Algumas das mensagens carinhosas que o Lama recebeu:
17h21min: 39 – Sol: “Lama Gangchen, vc é um raio de sol”. É bom saber que existem pessoas assim no mundo. Muito obrigado. Muito axé, luz, amém, namasté, shalon…
17h23min: 30 – Andréa: “Que você tenha uma vida muito, muito longa, com saúde e felicidade, para poder continuar sua missão de Amor e Paz”.
17h24min: 48 – Lady: “Quero te desejar tudo de bom, muita luz para você, sua presença nesta tarde foi ótima, muito obrigada”.
17h24min: 48 – Dakini: “Eu também quero agradecer por nos ter trazido o tesouro da autocura, um verdadeiro método para darmos espaço à Paz Interna e Mundial. Eu o guardo em minha mente e coração, para sempre. E obrigada por você nos olhar, por ter visto no Brasil e na Amazônia uma das mais belas riquezas da humanidade”.
17h24min: 48 – Om: “Vida longa para você, Lama Gangchen, por favor, peço as suas bênçãos. Om Mani Padme Hum”.
17h28min: 04 – Lady: “Durante nossa comunicação sinto arrepios, você realmente passa uma energia muito boa”.
Despedida do mestre
17h30min: 00 – Lama Gangchen fala para todos: “Por favor, usem a internet de maneira positiva, com benefício, pois a internet pode ser o nosso melhor investimento de Paz e Alegria”. Obrigado, boa sorte!

GLOSSÁRIO
Tantra – Práticas especiais de transformação da energia do corpo, da palavra e da mente. Esses métodos foram revelados por Budha em seu aspecto secreto, ou esotérico, com Vajradara. Os ensinamentos tântricos são muito mais poderosos que os ensinamentos do Sutra, mas exigem um compromisso pessoal muito mais sério, muito mais disciplina e sabedoria, pois lidam com nossas energias psicofísicas mais potentes e, por isso podem ser facilmente mal interpretados. Significa também o continuum indestrutível da energia sutil de nosso corpo e mente, localizado no chacra do coração. Esse continuum indestrutível de energia é o que passa de vida para vida e , quando transformado por meio dos Métodos Tântricos, torna-se o Corpo-Vajra e a Mente-Vajra de Budha. O método para chegarmos à Iluminação rapidamente é praticarmos a união do Sutra e do Tantra.
Sutra – Ensinamentos públicos de Guru Budha Shakyamuni sobre os métodos para realizarmos a paz interior pelo benefício de todos os seres.
Vajra – “Cetro de Diamante”. O vajra simboliza indestrutível bem-aventurança e vacuidade. A palavra “vajra” muitas vezes é traduzida simplesmente por diamante ou vajra.
Vajradara – Dor-dje Tchang -Detentor do Vajra, manifestação secreta de Budha Shakyamuni como corpo do prazer com sua consorte de pura sabedoria, que ensinou o Tantra aos Arya Bodhisattvas.
Budha – “Ser Totalmente Iluminado”. Qualquer ser que tenha aperfeiçoado seu corpo, palavra, mente, qualidades e ações, tendo abandonado todas as ilusões e suas marcas.
OM MANI PEME HUM HRI - MANTRA
OM - fecha as portas para o reino dos devas.
MA - fecha as portas para o reino dos assuras invejosos.
NI - fecha as portas para o reino humano.
PE - fecha as portas para o reino animal.
ME - fecha as portas para o reino dos espíritos.
HUM - fecha as portas pra o reino dos infernos.
HRI - é a sílaba – semente mântrica de Budha Amitabha, uma chave de sabedoria para renascermos em Sukhavati, o Paraíso Ocidental.
Paz Interna e Mundial Agora E Sempre!

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